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terça-feira, 25 de novembro de 2008

Mosca ? (Parte 3)


Festejemos a banjo minnow !

O QUE ?!

Eu sei... A casa caiu.



( Na verdade nunca usei a tal isca, alguns amigos usaram e gostaram, é mais a expressão da minha apreciação à propaganda da isca e, talvez, a minha aprecição aos infomerciais de "antigamente". Os que são produzidos atualmenta no Brasil são satisfatoriamente chatos mas carecem do componente trash daqueles que eram dublados.


Os que tinham auditório de surpresos cidadãos eram o top. A peças do Super Auri Shield e das facas Ginzu são verdadeiras obras de arte do trash.)



Mas não façam cara de surpresa porque eu sei que todo mundo fica olhando aqueles informerciais mal dublados até porque aparece cada peixão. (Olhava- aparecia !)


E, aquele que aperece uma modelo de shortinho e top que nunca pescou na vida. Pega muito mais peixes com a "super isca" que o experiente pescador que usa iscas tradicionais, é hilário.



Até acho que aquelas iscas podem ser boas, não sei, nunca usei, a função do informercial é fazer o cara comprar no impulso e pagar muito mais caro por isso. Por isso, acho que não valem a pena. Salvo pelo mérito "artístico" dos comerciais.

No meio daquela narração confusa, uma coisa me saltou os ouvidos : "resposta genética".

Não vou nem fingir que eu entendo essa coisa de resposta genética ou programação genética, mas vejo alguns indícios fortes sobre o que se trata e para que serve aos pescadores.

Supostamente, e falo assim porque nunca toquei material cientifico sobre o assunto, tenta explicar porque temos hábitos e reaçôes iguais a de nossos ancestrais.

Um grupo de homens, formam um circulo em um bar e começam a contar historias num comportamento análogo aos dos homens das cavernas que contavam a suas caçadas em torno do fogo sagrado.

Primeira conclusão: quando as meninas dizem que eu sou um troglodita , não estão muito erradas, mas a culpa não é minha, é programação genética. ( Que desculpa !)

Predadores aprenderam com a evolução que eles tem que caçar as presas mais debilitadas, feridas ou idosas, porque é menos dispendioso pelo ponto de vista energético.

E o sistema evolutivo ganha com isso, melhores predadores que se alimentam melhor e são mais bem sucedidos para passar adiante sua herança genética. E, melhores presas, que ao evitar serem mortas tem chance de se reproduzir e passar esta habilidade a sua descendência.

A isca da t.v. alegava que o seu processo de manufatura "exclusivo" lhe dava ação de peixe ferido, o que provoca ataques do predador mesmo que ele não esteja com fome, por causa da resposta genética.



E as moscas, como entram na equação ?

Porque a tal história de seletividade deveria eliminar o wolly bugger das caixas. Pois não parece ser muito comestível.


Caso o peixe não esteja seletivo e por exclusão ou por indução por absurdo infira-se que não seletivo signifique qualquer coisa serve.



A tese vai literalmente água abaixo porque o peixe não estar seletivo não explica, por exemplo, o wooly bugger ser mais eficiente que uma imitação mais realista de um alevino.



Gatilhos





O que um peixe reconhece e quão bem enxerga é uma coisa difcil de afirmar, certamente a truta que está seletiva não anda com uma foto no bolso para comparar e dizer : " ok esta é uma mayfly cinza de tamanho certo, posso comer."

Existem pistas visuais, sonoras e aromáticas que prendem a atenção da predador em relação o que é predável.


O peixe que nada erraticamente (doente ou ferido) é comida preferencial e o predador ataca.

Talvez a afirmação do Prof.Buckup seja explicada pela tal "resposta genética".

Um pancora para se defender ataca com sua pinça, ela se desprende de seu corpo e ele consegue fugir. A partir deste momento o crustáceo está em "condição de hesitação", para usar uma expressâo Gary Lafontaine, certamnete nâo está na mesma condição de se defender. Situação em que o predador oportunista o atacará.

Se não tiver as duas garras, não estará muito mais frágil ?


É provavel, mas fica dificil para o predador distinguir de uma pedra ou de um pancora saudável com as pinças retraídas.


A isca com uma pinça só é um indicativo mais forte.


É um pancora, e está debilitado.







"-Para a truta," disse o professor, "a aegla tem só uma pinça.".



( E para quem não captou aqui está a ajuda dos universitários que valeu o milhão.)





Numa matéria na revista Flytier de 1999, Chad Mason descreve "gatilhos", pistas visuais que uma mosca possuem que disparam ataques.

Ele divide os gatilhos em "imitativos" e "não imitatitvos".

Nos imitativos, ele inclue assimetria, que é o caso do nosso pancora maneta.

Além disso ele sugere que insetos adultos sejam atados com diferenciação de cores no final do abdomem para representar ovos. Durante a oviposição as moscas gastam mais tempo tentando soltar os ovos na água e são mais fáceis de ser pegos.

Ele sugere também Clustering, a representação de mais de um inseto em uma só isca para eclosôes muito densas de pequenas efemeras, que as vezes se amontoam.

Uma propostota semelhante estão nas moscas transicionais de Swisher e Richards (Fly fishing Strategies, 1975) com as moscas Stillborns que representam insetos emergindo com parte de sua anatomia ainda de ninfa e parte do adulto. As moscas que tem dificuldade de livrar de sua casca de ninfa são presas mais fáceis.

Lafontaine atou antron, de forma a obter brilho e volume semelhante as bolhas de ar que se formam a na pupa da caddis na hora de emergir. A Caddis "brilhosa" estã prestes a emergir , ou esta emergindo, fase em que é uma presa mais fácil e por isso mais atraentes para a truta.

É muito comum o uso de penas vermelhas na região da "garganta" , sugerindo o sangramento pelas guelras em moscas que imitam pequenos peixes. Nesta situação o peixe está com as horas contadas..

Os gatilhos nâo imitativos sugeridos por Mason são aqueles para quais nem sempre existe uma explicaçâo.


Ele cita manipulaçâo de luz, para sugerir o uso de materiais sintéticos com brilho de modos não imitativos ( ao contrário do antron da pupa de caddis ou de materais reflexivos usados em imitações de peixes)

. A fluorescência é outro gatilho nâo imitativo, e é uma variação da manipulação de luz. Nao se sabe bem porque, mas funciona. Quem já pegou robalo nos molhes do rio Mampituba em Torres sabe que um grub verde-limâo faz a festa. Mas ninguém sabe dizer porque.

O último gatilho imitativo de Mason, é o movimento. Todo o pescador com isca artificial sabe que tem que trabalhar a isca para ser mais efetivo, a forma e a variação do movimento da isca aumenta o ataque dos peixes. Mas o tipo de material que se usa em moscas podem dar uma vantagem ao pescador.


Marabu e pernas de borracha, por exemplo, trabalham sozinhos. Depois que paramos de aplicar movimento numa wooly bugger seu rabo pulsa e provoca ataques mesmo quando a iscas não está em deslocamento. Por esta qualidade se diz que o marabú "respira". Como o movimento de um ser inerte, mas vivo.





Uma ode ao wooly bugger



Porque o wolly bugger é tão bom e o que faz uma isca boa !



Como se vê nâo uma conclusão simples.

Parte da efieciência de uma mosca está no pescador


Parte no peixe.


Parte na qualidade do atado.

Mas a parte mais importante está no design da mosca. Na capacidade de atrair um peixe com suas carateristicas fisicas mesmo que descaracterize ela como uma imitação realista.

Minhas primeiras wolly buggesr eram mal feitas e mal pescadas mas pegavam peixe. O trabalho do rabo de marabú é um atrativo irresistível. E tem mais :

Um wolly bugger pulsando rio abaixo é uma grande imitação de peixe, por seu perfil e movimento.

Um wooly preto e denso trabalhado com toques curtos intermitentes lembra uma sanguessuga, com toques muito curtos um, girino.

Um wolly marrorm grande, trabalhada com toques lentos e curtos no fundo de lagos, intercalado om ocasionais puxadas longas e rápidas e temos uma ninfa de dragonfly.

Se for verde e mais delgada, com puxada lenta lembra as náiades de libelula nadando atrás de presas, sua aceleração em direção a superfície lembra a migranção das damsels para eclodir dos galhos que aflora na água ou nas costas.

Toque curtos e espaçados como um wooly no fundo lembram um pancora ou lagostim de agua doce caminhando no fundo. Ação que deve ser intercalada com as disparadas que estes animais dão para fugir dos predadores.

O wolly bugger nâo se parece com nada em especial, mas sugere tantas presas e pode ser trabalhadas de tantas formas que talvez a razão de ser tâo boa seja que pode ser pescada em qualquer situação , por qualquer pescador e é uma grande mosca principalmente, porque não se parece exatamante com nada.

Fim.



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